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Complot dita fim do programa PORTUGALIDADES

Durante a última década, o programa Portugalidades , emitido através das ondas da “ Radio Cité Genève ” foi a minha preocupação máxima diária. Ao acordar, ao deitar, durante o dia, estando longe ou estando perto, coube-me zelar pelo seu bom funcionamento e conduzi-lo, mal ou bem, àquilo que ele representou, até hoje, para a maior comunidade estrangeira residente no cantão de Genebra. Todos os que passaram por este programa perceberam que, por detrás dos microfones, lutava-se diariamente para tentar manter vivo um ideal de vida, um projeto de rádio, sem nunca virar a cara à luta, e a título meramente voluntário e gracioso. Desde a sua criação que o Portugalidades definiu como objetivo central do projeto o de proporcionar, aos seus ouvintes, conteúdos de produção própria sobre temas, acontecimentos e factos de interesse para a comunidade portuguesa residente em Genebra, proporcionando, dessa forma, uma melhor interação entre todos os atores e forças vivas da nossa comunidade, assim c

O implícito do óbvio

As declarações que o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, prestou hoje, à Agência Lusa, a propósito do problema que afeta os funcionários consulares portugueses na Suíça, são o implícito do óbvio. Afirma o secretário de Estado que « nós compreendemos as suas reivindicações e temos consciência que alguns deles estão em situação muito difícil », acrescentando ainda que « é um problema grave mas não exclusivo da Suíça ». Custou mas foi. Cinco semanas foi o tempo que levou o brilhantíssimo governante a perceber aquilo que era mais do que óbvio e que toda a gente (menos ele) já tinha compreendido há muito tempo. É que existe um grave problema para resolver com esses trabalhadores. Diz ainda José Cesário que « estamos a estudar soluções que, estou convencido, não virão num futuro próximo e disse isso aos funcionários ». É simplesmente “fantabulosa” a capacidade de raciocínio de José Cesário. Se para perceber a existência do problema foram necessárias cinco

É do diálogo que nasce a luz

Porque merece ser divulgada, sobretudo em consideração aos estóicos trabalhadores dos consulados e embaixadas portuguesas na Suíça, transcrevo a seguir a mensagem que recebi na minha caixa de correio, assinada por um amigo, Homem com « H » grande, sempre fiel a princípios e valores democráticos que deveriam inspirar algumas mentes empedernidas que por aí andam: « Bem haja, caro amigo Melo, pela prontidão no apoio, crítico e lúcido, prestado aos trabalhadores consulares, que, aqui na Suíça, praticamente sozinhos, ergueram, com coragem – diria mesmo heroicidade - a voz do protesto desesperado. Durante as cinco semanas, não se manifestaram arrogantes, arruaceiros, provocadores. Apenas exibiram a miséria, que o Governo do sr.Cesário, lhes serve à mesa, em prato quase vazio de pão e de esperança. E, em resposta, e em vez de apreciar e valorizar a sensata decisão dos referidos trabalhadores, abrindo-lhes a porta ao diálogo, humilha-os, dedo em riste, e pendura-lhes ao pescoço a qualifi

O milagre do Cesário

As recentes declarações nas redes sociais do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, são suficientemente esclarecedoras do “bom senso” que prevalece lá para as bandas do MNE (Ministério dos Negócios Estrangeiros). Ao longo dos mais de trinta dias que durou a greve dos trabalhadores dos consulados e embaixadas portuguesas na Suíça, José Cesário enfiou a cabeça na areia, virando por completo as costas às suas responsabilidades. Não tugiu nem mugiu! Agora que os referidos trabalhadores suspenderam a greve – apesar de não haver ainda qualquer resolução para o diferendo –   é ver José Cesário de peito feito, arrogante quanto basta, adoptando uma postura cínica de autêntica provocação. Num seu post no Facebook, diz o secretário de Estado que « importa sobretudo salientar o facto de ter prevalecido o bom senso » e que todos devem procurar « perceber como no futuro nos devemos comportar ». Pois é, meu caro José Cesário, o bom senso deveria começar por si e pelo s

Um embaixador "orgulhosamente inútil"

A maioria dos portugueses na Suíça interroga-se sobre o trabalho do embaixador português nesse país. Com mais ou menos conhecimentos sobre as tarefas que incumbem ao representante máximo de Portugal na Confederação Helvética, ambos partilham o mesmo sentimento: existe um grande défice de representação. E este sentimento comum acaba de atingir o ponto máximo. Após mais de 30 dias a esbarrarem nas portas fechadas das chancelarias consulares e diplomáticas portuguesas, continuam sem perceber qual o papel do embaixador de Portugal em Berna. Há mesmo quem se interrogue se o nosso país tem qualquer representante diplomático acreditado na capital suíça. É confrangedor aquilo que a comunidade portuguesa na Suíça está a testemunhar. No momento em que as dificuldades da luta diária para sobreviverem a uma crise económica e financeira devastadora lhes vai retirando forças e ânimo, acresce agora aos nossos compatriotas o sentimento de desprezo e abandono absolutos por parte daquele que tinha a

É muito mau para ser verdade

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, faltou nesta terça-feira à audição na Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, ausência que foi justificada com supostos preparativos que envolvem a visita oficial que o primeiro-ministro realizará brevemente a Angola. Ora, sabe-se que uma das questões que estaria em discussão prende-se com a greve dos trabalhadores consulares e diplomáticos portugueses na Suíça, luta que já vai na quarta semana consecutiva sem que o governo dê qualquer sinal de vida, esperando apenas que esses servidores do Estado se vejam na contingência de retomar o trabalho pois, em alguns casos, já vai faltando a comida na mesa para os seus filhos. A situação dramática que estão hoje a viver as dezenas de funcionários consulares portugueses na Suíça tem merecido um desprezo inimaginável da parte dos nossos governantes, exigindo-se por isso a intervenção imediata do senhor Presidente da República na resolução deste

Reponha-se a Onda Curta

De forma aberrante e ilegal, o anterior governo socialista decidiu suspender as emissões da RDP-Internacional e RDP-África em “ondas curtas”, cortando dessa forma o cordão umbilical que ligava milhares de portugueses espalhados pelo Mundo a Portugal e à cultura portuguesa. Entretanto, uma nova janela de esperança foi aberta com a chegada do PSD ao poder. Proeminentes figuras desse Partido manifestaram, nessa ocasião, a sua veemente discordância e indignação por essa machadada socialista no serviço público de rádio e televisão, consagrado na Constituição da República Portuguesa. Todavia, quando tudo parecia que decisão tão errónea iria ser reparada, com a reposição do normal funcionamento da Onda Curta, assistimos antes a tomadas de posição contraditórias no seio dos Partidos da coligação e, pior do que isso, a uma eventual ratificação da decisão socialista pelo atual governo. Como interroga um brilhante profissional da RDPi meu amigo: « Que sentido faz haver o canal internacional