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A mostrar mensagens de setembro, 2011

É muito mau para ser verdade

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, faltou nesta terça-feira à audição na Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, ausência que foi justificada com supostos preparativos que envolvem a visita oficial que o primeiro-ministro realizará brevemente a Angola. Ora, sabe-se que uma das questões que estaria em discussão prende-se com a greve dos trabalhadores consulares e diplomáticos portugueses na Suíça, luta que já vai na quarta semana consecutiva sem que o governo dê qualquer sinal de vida, esperando apenas que esses servidores do Estado se vejam na contingência de retomar o trabalho pois, em alguns casos, já vai faltando a comida na mesa para os seus filhos. A situação dramática que estão hoje a viver as dezenas de funcionários consulares portugueses na Suíça tem merecido um desprezo inimaginável da parte dos nossos governantes, exigindo-se por isso a intervenção imediata do senhor Presidente da República na resolução deste

Reponha-se a Onda Curta

De forma aberrante e ilegal, o anterior governo socialista decidiu suspender as emissões da RDP-Internacional e RDP-África em “ondas curtas”, cortando dessa forma o cordão umbilical que ligava milhares de portugueses espalhados pelo Mundo a Portugal e à cultura portuguesa. Entretanto, uma nova janela de esperança foi aberta com a chegada do PSD ao poder. Proeminentes figuras desse Partido manifestaram, nessa ocasião, a sua veemente discordância e indignação por essa machadada socialista no serviço público de rádio e televisão, consagrado na Constituição da República Portuguesa. Todavia, quando tudo parecia que decisão tão errónea iria ser reparada, com a reposição do normal funcionamento da Onda Curta, assistimos antes a tomadas de posição contraditórias no seio dos Partidos da coligação e, pior do que isso, a uma eventual ratificação da decisão socialista pelo atual governo. Como interroga um brilhante profissional da RDPi meu amigo: « Que sentido faz haver o canal internacional

Cesário está refém de Portas

O comportamento execrável adotado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) na gestão da greve encetada pelos trabalhadores consulares portugueses na Suíça, não se coaduna em nada com a figura de José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Conheço Cesário há vários anos. Primeiro, quando ele era deputado pela emigração. Depois, mais tarde, quando o mesmo assumiu pela primeira vez a pasta das Comunidades Portuguesas. Em ambos os períodos, tive a oportunidade e o privilégio de com ele abordar e discutir alguns temas quentes relacionados com a emigração portuguesa na Suíça, verificando de imediato que se tratava de alguém conhecedor e interessado em resolver os problemas existentes, através do diálogo e com elevação. Assim foi aquando da ocupação das instalações do Consulado em Genebra pelos professores portugueses contratados locais ou da polémica em torno das crianças portuguesas enviadas indiscriminadamente para classes especiais suíças. Ou, ainda, durante

Raiva e revolta

Já lá vão dois anos que impus a mim próprio a lei do silêncio no que respeita a manifestações de opinião sobre assuntos ligados aos portugueses no estrangeiro. Tal decisão deveu-se a uma necessidade pessoal em me afastar do calor da discussão de muitos temas que afetam as nossas comunidades emigrantes, os quais exigem uma reflexão séria e distanciada de análises emocionais. O ditado diz que «Quem está de fora, às vezes vê melhor». É nessa situação privilegiada que me encontro atualmente: fora de Partidos; fora de Consulados; fora de organizações de emigrantes. Por isso mesmo sinto que a minha opinião poderá ser agora mais interessante do que anteriormente, mesmo sabendo que todas as opiniões são necessárias. Como cidadão que sempre militou por causas cívicas em prol das nossas comunidades emigrantes, sinto-me agora no dever e obrigação de retomar a defesa dos interesses dos portugueses residentes na Suíça, particularmente no momento em que os mesmos são alvo do maior desprezo por p