tag:blogger.com,1999:blog-28732558768526223192024-02-19T17:58:11.487+01:00Causa EmigranteAutor: Manuel de MeloUnknownnoreply@blogger.comBlogger72125tag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-76312220423906937502020-02-26T08:13:00.002+01:002020-02-26T09:19:34.411+01:00Complot orquestrado dita fim do programa PORTUGALIDADES<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-outline-level: 1; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; font-size: 24.0pt; line-height: 150%;">Comunicado de imprensa</span></b><span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; font-size: 24.0pt; line-height: 150%;"></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="color: #171817; font-family: "segoe ui" , sans-serif; mso-fareast-language: FR-CH;">Fim da emissão do programa
PORTUGALIDADES, nas ondas da “Radio Cité Genève”</span></b></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="color: #171817; font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Durante a última década, o programa </span><b><span lang="PT" style="color: #171817; font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Portugalidades</span></b><span lang="PT" style="color: #171817; font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">, emitido através das ondas da “<i>Radio
Cité Genève</i>” </span><span lang="PT" style="color: #171817; font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">foi a
minha preocupação máxima diária. Ao acordar, ao deitar, durante o dia, estando
longe ou estando perto, coube-me zelar pelo seu bom funcionamento e conduzi-lo,
mal ou bem, àquilo que ele representou, até hoje, para a maior comunidade
estrangeira residente no cantão de Genebra. Todos os que passaram por este
programa perceberam que, por detrás dos microfones, lutava-se diariamente para
tentar manter vivo um ideal de vida, um projeto de rádio, sem nunca virar a
cara à luta, e </span><span lang="PT" style="color: #171817; font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">a
título meramente voluntário e gracioso.</span><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Hlk33526501"><span lang="PT" style="color: #171817; font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"></span></a></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; text-align: justify;">
<span style="mso-bookmark: _Hlk33526501;"><span lang="PT" style="color: #171817; font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Desde a sua criação que o<b> Portugalidades</b>
</span></span><span lang="PT" style="color: #171817; font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">definiu
como objetivo central do projeto o de proporcionar, aos seus ouvintes,
conteúdos de produção própria sobre temas, acontecimentos e factos de interesse
para a comunidade portuguesa residente em Genebra, proporcionando, dessa forma,
uma melhor interação entre todos os atores e forças vivas da nossa comunidade, assim
como a divulgação da língua e cultura portuguesas como elevada expressão de afirmação
da presença lusitana no cantão de Genebra.</span><span lang="PT" style="color: #171817; font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="color: #171817; font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O<b>
Portugalidades</b> comprometeu-se e assegurou sempre o respeito pelos
princípios deontológicos e pela ética profissional dos jornalistas, bem como do
compromisso de parceria que ligava a sua produtora e animadora à “Radio Cité
Genève”, assim como pela boa fé dos ouvintes.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="color: #171817; font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao
longo dos seus 10 anos de existência, o<b> Portugalidades</b> declarou-se
comprometido, acima de tudo, com a liberdade de expressão, a cidadania e a
dignidade da vasta Comunidade portuguesa residente em Genebra.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Todavia, as
pessoas mudam, os tempos fazem as pessoas mudar e no final, aqueles ou aquelas que
julgávamos sempre ao nosso lado e com os mesmos ideais que nós, um certo dia
decidem ser outra coisa e por um sentimento qualquer que lhes diz que “ela
devia ter conduzido pela esquerda e conduziu pela direita”, destroem o que nós
criámos.</span></div>
<div style="tab-stops: 302.7pt;">
<span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Foi dessa
forma que a Direção da “Radio Cité Genève” decidiu, unilateralmente, romper o
compromisso de parceria que a ligava à produtora e animadora do programa em
língua portuguesa <b>Portugalidades</b>, dispensando a colaboração da mesma.<span style="color: #171817;"></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Todos temos
a nossa opinião, todos temos direito a manifestá-la, mas não devemos destruir de
ânimo leve, projetos que deram provas e muito menos pôr em causa a competência,
a responsabilidade e abnegação das pessoas que construíram esses projetos,
procurando colar-lhes uma etiqueta com o código de barras errado.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quero
agradecer pela confiança e apoio de todos os que participaram nesta história:
em particular à Direção da “Radio Cité” pela concessão do tempo de antena e
disponibilização dos meios técnicos necessários à produção e emissão do
programa; aos técnicos e colaboradores que foram incansáveis ao longo de tantos
anos; às inúmeras personalidades das áreas política, económica, social,
cultural, recreativa e desportiva que passaram pelo <b>Portugalidades</b> e
muito contribuíram para o enriquecimento do mesmo; aos patrocinadores; mas quero
agradecer sobretudo, aos milhares de ouvintes que diariamente me acompanharam
nesta viagem e que foram a verdadeira razão de ser deste projeto.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; mso-para-margin-left: 0cm; mso-para-margin-right: 0cm; mso-para-margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; mso-ansi-language: PT;">Da minha parte, quero que saibam que foi um prazer estar convosco. E posso
dizer que sou uma privilegiada, porque pude compartilhar convosco algo imenso e
inexplicável, o amor por uma coisa efémera…</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; mso-para-margin-left: 0cm; mso-para-margin-right: 0cm; mso-para-margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; mso-ansi-language: PT;">Que as ondas da “Radio Cité Genève” vos tragam tudo de bom.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; mso-para-margin-left: 0cm; mso-para-margin-right: 0cm; mso-para-margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; mso-ansi-language: PT;">Um bem-haja a todas e a todos. Até breve.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-para-margin-bottom: 1.0gd; mso-para-margin-left: 0cm; mso-para-margin-right: 0cm; mso-para-margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; mso-ansi-language: PT;">Genebra, 25 de fevereiro de 2020.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT" style="font-family: "calibri light" , sans-serif; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">_______________________________________________________________________</span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; font-size: 10.0pt;">Cristina Rodrigues, Produtora e Animadora do programa
“Portugalidades” da “Radio Cité Genève”</span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT" style="font-family: "&quot" , serif; font-size: 10.0pt;">Contacto: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>076 679 39 99</span></div>
<span style="color: #cc0000;"></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-1535762810368521652011-10-08T20:30:00.000+02:002011-10-08T20:30:22.462+02:00O implícito do óbvio<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">As declarações que o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, prestou hoje, à Agência Lusa, a propósito do problema que afeta os funcionários consulares portugueses na Suíça, são o implícito do óbvio.</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Afirma o secretário de Estado que «<i style="mso-bidi-font-style: normal;">nós compreendemos as suas reivindicações e temos consciência que alguns deles estão em situação muito difícil</i>», acrescentando ainda que «<i style="mso-bidi-font-style: normal;">é um problema grave mas não exclusivo da Suíça</i>».</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"></span><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Custou mas foi. Cinco semanas foi o tempo que levou o brilhantíssimo governante a perceber aquilo que era mais do que óbvio e que toda a gente (menos ele) já tinha compreendido há muito tempo. É que existe um grave problema para resolver com esses trabalhadores.</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Diz ainda José Cesário que «<i style="mso-bidi-font-style: normal;">estamos a estudar soluções que, estou convencido, não virão num futuro próximo e disse isso aos funcionários</i>».</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">É simplesmente “fantabulosa” a capacidade de raciocínio de José Cesário. Se para perceber a existência do problema foram necessárias cinco semanas, é implícito e mais do que óbvio que, para este Governo serão necessários cinco anos para encontrar solução para o mesmo. Até porque, para José Cesário, a questão não está na gravidade do problema, mas sim na falta de exclusividade do mesmo, deixando igualmente implícito e óbvio que, o actual Governo só está cá para resolver os problemas exclusivos.</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Ainda na senda do raciocínio do ilustre e exclusivo governante – porque também é implícito e muito mais do que óbvio – podemos concluir que o cargo de secretário de Estado das Comunidades Portuguesas apenas serve para derreter mais uns cobres do erário público. E que a competência de funções delegadas ou ainda por delegar ao mesmo pelo Ministro, seriam certamente melhor desempenhadas por um qualquer director-geral, com a inerente poupança de fundos que muito jeito daria nos dias que correm. <o:p></o:p></span></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-29564404229023178472011-10-06T16:28:00.004+02:002011-10-06T16:39:03.910+02:00É do diálogo que nasce a luz<span style="mso-ansi-language: FR-CH; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: FR-CH;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span lang="FR" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">Porque merece ser divulgada, sobretudo em consideração aos estóicos trabalhadores dos consulados e embaixadas portuguesas na Suíça, transcrevo a seguir a mensagem que recebi na minha caixa de correio, assinada por um amigo, Homem com « H » grande, sempre fiel a princípios e valores democráticos que deveriam inspirar algumas mentes empedernidas que por aí andam:</span></span></span><br />
<span style="mso-ansi-language: FR-CH; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: FR-CH;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span lang="FR" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;"></span><span lang="FR" style="color: black; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br />
</span><span lang="FR" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">« Bem haja, caro amigo Melo, pela prontidão no apoio, crítico e lúcido, prestado aos trabalhadores consulares, que, aqui na Suíça, praticamente sozinhos, ergueram, com coragem – diria mesmo heroicidade - a voz do protesto desesperado.</span><br />
<br />
<span lang="FR" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;"></span><span lang="FR" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">Durante as cinco semanas, não se manifestaram arrogantes, arruaceiros, provocadores. Apenas exibiram a miséria, que o Governo do sr.Cesário, lhes serve à mesa, em prato quase vazio de pão e de esperança.</span><br />
<span lang="FR" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;"></span><span lang="FR" style="color: black; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br />
</span><span lang="FR" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">E, em resposta, e em vez de apreciar e valorizar a sensata decisão dos referidos trabalhadores, abrindo-lhes a porta ao diálogo, humilha-os, dedo em riste, e pendura-lhes ao pescoço a qualificação de " meninos mal-comportados". Pior ainda: vociferando ameaças, iminentes, se não se mantiverem no (co)"reto" caminho.</span><br />
<span lang="FR" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;"></span><span lang="FR" style="color: black; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br />
</span><span lang="FR" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">Acompanhei esta luta. Escutei razões; ouvi desabafos desesperados. E ouvi também que a suspenão desta paralisação era por preocupação pelos incómodos e prejuízos causados e sofridos pela Comunidade dos nossos Imigrantes. Mostraram, com abundante generosidade e sentido cívico, a sensatez que não medra na cabeça do impante sr. Secretário Cesário.</span><br />
<span lang="FR" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;"></span><span lang="FR" style="color: black; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br />
</span><span lang="FR" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">Cuide-se senhor professor, hoje Secretário de estado. Mesmo tendo chegado ao "estado a que isto chegou"(Salgueiro Maia), os tempos não são favoráveis a que nos instalemos no procedimento do "magister dixit"! Os ditadores quase sempre têm mau fim! É do diálogo que nasce a luz. E são os espíritos iluminados pelo reconhecimento do seu valor e da sua importância humana que fazem rodar as máquinas que elegem e mantêm os Secretários de estado e disponibilizam, com sorriso e sentimento de gratidão, os serviços, em proximidade, à Comunidade! »</span></span></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-80780212403482289472011-10-05T20:13:00.003+02:002011-10-05T20:42:28.101+02:00O milagre do Cesário<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">As recentes declarações nas redes sociais do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, são suficientemente esclarecedoras do “bom senso” que prevalece lá para as bandas do MNE (Ministério dos Negócios Estrangeiros).</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Ao longo dos mais de trinta dias que durou a greve dos trabalhadores dos consulados e embaixadas portuguesas na Suíça, José Cesário enfiou a cabeça na areia, virando por completo as costas às suas responsabilidades. Não tugiu nem mugiu! Agora que os referidos trabalhadores suspenderam a greve – apesar de não haver ainda qualquer resolução para o diferendo – <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é ver José Cesário de peito feito, arrogante quanto basta, adoptando uma postura cínica de autêntica provocação.</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Num seu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">post</i> no Facebook, diz o secretário de Estado que «<i style="mso-bidi-font-style: normal;">importa sobretudo salientar o facto de ter prevalecido o bom senso</i>» e que todos devem procurar «<i style="mso-bidi-font-style: normal;">perceber como no futuro nos devemos comportar</i>». <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Pois é, meu caro José Cesário, o bom senso deveria começar por si e pelo seu chefe Paulo Portas. A boa gestão dos conflitos internos do pessoal do MNE são da primeira responsabilidade do governo e no caso concreto, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas deveria ter aparecido de imediato e colocar-se na primeira fila do necessário diálogo com os representantes dos referidos funcionários.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">É pena que o amigo se tenha escondido atrás do problema em vez de procurar resolvê-lo, esperando cinicamente que passasse a primeira leva de protestos, na expetativa de que “tudo continue como dantes, no quartel de Abrantes”.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Creio que lhe irá sair o tiro pela culatra. É que, se a suposta intenção do Governo «<i style="mso-bidi-font-style: normal;">é modernizar os serviços consulares</i>» e que para isso «<i style="mso-bidi-font-style: normal;">conta com a colaboração dos funcionários</i>», parece-me de todo impossível que o consiga.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Seria certamente o “milagre do Cesário” conseguir motivar trabalhadores que se viram desprezados e espezinhados pelos seus governantes, os mesmos que agora lhes pedem colaboração! É lamentável que Portas e Cesário ainda não tenham compreendido que a sua prometida modernização consular não pode ser alcançada empurrando os problemas com a barriga e, sobretudo com funcionários desmotivados e desesperados.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Se José Cesário quer dormir tranquilo, esqueça esses “tiques” de cinismo e arrogância que tem demonstrado ultimamente, e acabe com as recorrentes promessas veladas de modernização consular. Sobretudo quando todos sabemos que, nos tempos que correm, o Rei não só vai nu como também magrete.<o:p></o:p></span></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-87443330680097694892011-10-02T11:55:00.007+02:002011-10-03T22:19:24.513+02:00Um embaixador "orgulhosamente inútil"<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">A maioria dos portugueses na Suíça interroga-se sobre o trabalho do embaixador português nesse país. Com mais ou menos conhecimentos sobre as tarefas que incumbem ao representante máximo de Portugal na Confederação Helvética, ambos partilham o mesmo sentimento: existe um grande défice de representação.</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">E este sentimento comum acaba de atingir o ponto máximo. Após mais de 30 dias a esbarrarem nas portas fechadas das chancelarias consulares e diplomáticas portuguesas, continuam sem perceber qual o papel do embaixador de Portugal em Berna. Há mesmo quem se interrogue se o nosso país tem qualquer representante diplomático acreditado na capital suíça.</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"></span><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">É confrangedor aquilo que a comunidade portuguesa na Suíça está a testemunhar. No momento em que as dificuldades da luta diária para sobreviverem a uma crise económica e financeira devastadora lhes vai retirando forças e ânimo, acresce agora aos nossos compatriotas o sentimento de desprezo e abandono absolutos por parte daquele que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tinha a obrigação e o dever</b> de marcar presença nos seus espíritos, reservando-lhes, no mínimo, palavras de conforto e de esperança no futuro.</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Não vou lembrar aqui, ao embaixador de Portugal em Berna, em que consistem todas as funções de uma missão diplomática, no âmbito da “Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”, nomeadamente a de «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">proteger no Estado acreditado (Suíça) os interesses do Estado acreditante (Portugal) e os seus nacionais, dentro dos limites permitidos pelo direito internacional</i></b>».</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Tenho a obrigação de lhe lembrar, isso sim, é que grande parte da relação formal entre um embaixador e a comunidade do Estado que o mesmo representa, demonstra-se com respeito e preocupação mútua. O trabalho de um embaixador é, entre outras coisas, mostrar esse respeito.</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Parte do trabalho de um embaixador é dar a cara. Não se ficar pelos corredores dos Ministérios ou dos salões das Embaixadas é muito importante.</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Não tenho ideias preconcebidas sobre o que faz um embaixador e da postura que deve ter. É importante que cada embaixador seja ele próprio, e existem muitas maneiras diferentes de se ser embaixador e muitos estilos diferentes.</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">O que não tenho dúvidas é de que a parte mais importante no relacionamento entre o embaixador de Portugal e a comunidade portuguesa na Suíça, é a parte humana. É isso que importa, especialmente em momentos de grande dificuldade.</span></span><br />
<br />
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">É por isso mesmo que os emigrantes portugueses na Suíça não querem continuar a viver o fantasma de um embaixador orgulhosamente inútil.<o:p></o:p></span></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-3424517397483424382011-09-20T21:24:00.002+02:002011-09-20T22:00:51.934+02:00É muito mau para ser verdade<span lang="FR" style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="font-family: Arial;">O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, faltou nesta terça-feira à audição na Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, ausência que foi justificada com supostos preparativos que envolvem a visita oficial que o primeiro-ministro realizará brevemente a Angola.</span></span><br />
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<span lang="FR" style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="font-family: Arial;">Ora, sabe-se que uma das questões que estaria em discussão prende-se com a greve dos trabalhadores consulares e diplomáticos portugueses na Suíça, luta que já vai na quarta semana consecutiva sem que o governo dê qualquer sinal de vida, esperando apenas que esses servidores do Estado se vejam na contingência de retomar o trabalho pois, em alguns casos, já vai faltando a comida na mesa para os seus filhos.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="FR" style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="font-family: Arial;">A situação dramática que estão hoje a viver as dezenas de funcionários consulares portugueses na Suíça tem merecido um desprezo inimaginável da parte dos nossos governantes, exigindo-se por isso a intervenção imediata do senhor Presidente da República na resolução deste problema.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="FR" style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="font-family: Arial;">O governo está cego, surdo e mudo. Não respeita os servidores do Estado. Não respeita os milhares de portugueses residentes na Suíça, os quais continuam a esbarrar nas portas encerradas das chancelarias consulares e diplomáticas. E, agora, para cúmulo também já não respeita os deputados e o Parlamento.<o:p></o:p></span></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-42604215920476624702011-09-19T20:40:00.004+02:002011-09-19T21:12:14.087+02:00Reponha-se a Onda Curta<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">De forma aberrante e ilegal, o anterior governo socialista decidiu suspender as emissões da RDP-Internacional e RDP-África em “ondas curtas”, cortando dessa forma o cordão umbilical que ligava milhares de portugueses espalhados pelo Mundo a Portugal e à cultura portuguesa.</span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Entretanto, uma nova janela de esperança foi aberta com a chegada do PSD ao poder. Proeminentes figuras desse Partido manifestaram, nessa ocasião, a sua veemente discordância e indignação por essa machadada socialista no serviço público de rádio e televisão, consagrado na Constituição da República Portuguesa.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Todavia, quando tudo parecia que decisão tão errónea iria ser reparada, com a reposição do normal funcionamento da Onda Curta, assistimos antes a tomadas de posição contraditórias no seio dos Partidos da coligação e, pior do que isso, a uma eventual ratificação da decisão socialista pelo atual governo.</span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Como interroga um brilhante profissional da RDPi meu amigo: <strong>«<em>Que sentido faz haver o canal internacional RDPI-Rádio Portugal, quando este perde a esmagadora maioria do seu auditório, que o escutava por Onda Curta</em>?»</strong>.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Não basta aos Partidos políticos apresentarem programas eleitorais de governo com o já habitual rol de meras intenções no que respeita à valorização da Língua e Culturas Portuguesas. É necessário, isso sim, intensificar e dinamizar os meios existentes com vista ao reforço da Língua Portuguesa enquanto símbolo de unidade e coesão entre os portugueses espalhados pelo mundo, e de afirmação do nosso país no exterior.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Aqueles que não querem entender o alcance daquilo que representa a programação da RDPi através do seu serviço em ondas curtas, preferindo deixar-nos sem Língua, sem Pátria e sem Identidade, certamente que não gostam de Portugal e dos portugueses.<o:p></o:p></span></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-59085080035730969302011-09-18T14:15:00.002+02:002011-09-18T14:20:06.335+02:00Cesário está refém de Portas<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">O comportamento execrável adotado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) na gestão da greve encetada pelos trabalhadores consulares portugueses na Suíça, não se coaduna em nada com a figura de José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Conheço Cesário há vários anos. Primeiro, quando ele era deputado pela emigração. Depois, mais tarde, quando o mesmo assumiu pela primeira vez a pasta das Comunidades Portuguesas. Em ambos os períodos, tive a oportunidade e o privilégio de com ele abordar e discutir alguns temas quentes relacionados com a emigração portuguesa na Suíça, verificando de imediato que se tratava de alguém conhecedor e interessado em resolver os problemas existentes, através do diálogo e com elevação.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Assim foi aquando da ocupação das instalações do Consulado em Genebra pelos professores portugueses contratados locais ou da polémica em torno das crianças portuguesas enviadas indiscriminadamente para classes especiais suíças. Ou, ainda, durante uma sua ída à Suíça para resolver graves problemas internos no referido Consulado, na sequência da gestão danosa da ex-cônsul Fátima Mendes.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">José Cesário sempre demonstrou responsabilidade e sensibilidade para os problemas das comunidades, manifestando sempre habilidade e inteligência para encontrar soluções e lidar com as pessoas.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Por isso, creio em absoluto que, hoje, José Cesário está refém do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas. Este último, tem uma pigmentação autoritária, fria e implacável, que nada tem a ver com a virtude humanista de José Cesário.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Portas é o patrão do MNE. Portas é quem manda. E sendo este último desprovido de qualquer sensibilidade humana, Cesário está entre a espada e a parede. Das duas uma: ou afronta o ministro, sujeitando-se à ira deste e a ir de imediato para o olho da rua; ou manda o ministro à mer...a, batendo a porta da intransigência e saindo com a mesma dignidade como quando entrou para o governo, continuando a merecer o respeito e consideração de todos os emigrantes portugueses.<o:p></o:p></span></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-53033438500917656762011-09-18T12:45:00.001+02:002011-09-18T12:51:55.550+02:00Raiva e revolta<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Já lá vão dois anos que impus a mim próprio a lei do silêncio no que respeita a manifestações de opinião sobre assuntos ligados aos portugueses no estrangeiro. Tal decisão deveu-se a uma necessidade pessoal em me afastar do calor da discussão de muitos temas que afetam as nossas comunidades emigrantes, os quais exigem uma reflexão séria e distanciada de análises emocionais.</span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">O ditado diz que «Quem está de fora, às vezes vê melhor». É nessa situação privilegiada que me encontro atualmente: fora de Partidos; fora de Consulados; fora de organizações de emigrantes. Por isso mesmo sinto que a minha opinião poderá ser agora mais interessante do que anteriormente, mesmo sabendo que todas as opiniões são necessárias.</span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Como cidadão que sempre militou por causas cívicas em prol das nossas comunidades emigrantes, sinto-me agora no dever e obrigação de retomar a defesa dos interesses dos portugueses residentes na Suíça, particularmente no momento em que os mesmos são alvo do maior desprezo por parte dos nossos governantes.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Nunca imaginei que uma simples greve de trabalhadores consulares, que apenas reclamam melhores condições salariais, pudesse levar os nossos governantes a degradarem tanto a imagem do nosso país na Suíça.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Nunca pensei que os portugueses que trabalham e residem na Suíça valessem tão pouco aos olhos dos nossos responsáveis governativos.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Nunca me passou pela cabeça, apesar de algumas experiências pessoais negativas, que os servidores do Estado português no estrangeiro fossem tratados como escória, que tem de ser rapidamente lançada para o caixote do lixo.<o:p></o:p></span></span><br />
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<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial;">Aquilo que sentem hoje os funcionários consulares e os emigrantes portugueses na Suíça, é o mesmo que eu sinto: um sentimento misto de raiva e revolta contra aqueles que tanto nos desprezam e humilham aos olhos do país de acolhimento.<o:p></o:p></span></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-79051862629326111942008-11-10T23:11:00.006+01:002011-09-18T11:19:52.818+02:00ReflectividadeEm declarações ao jornal «O Mundo Português» e a propósito da impugnação da eleição do Conselho Permanente do CCP, o conselheiro Manuel Beja, da Suíça, considera ser «<em>a doentia ânsia de poder que infelizmente afecta algumas pessoas</em>» a razão do que se está a passar.<br />
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Ora não há melhores palavras do que estas para definir aquilo que tem sido o comportamento do próprio Manuel Beja ao longo da existência do CCP. Exímio manipulador, ele tem sido o mentor da estratégia comunista no interior do CCP e como tal, o seu nome aparece sempre associado a um qualquer lugar de poder do Conselho das Comunidades Portuguesas.<br />
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Seguindo a mesma linha do discurso do seu colega, também a conselheira da Holanda, Teresa Heimans, em afirmações ao mesmo jornal, lamenta que «<em>a ânsia de poder venha a enegrecer o trabalho de tanta gente que voluntariamente se predispôs a trabalhar na diáspora</em>».<br />
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Verifica-se aqui o mesmo efeito da reflectividade. Essa conselheira não foi eleita pelas comunidades portuguesas, foi antes nomeada pelo governo e, como tal, nos termos da lei, o seu nome não podia constar de qualquer lista eleitoral. Esse é um dos elementos chave do processo de impugnação da eleição do Conselho Permanente e que muito certamente levará à queda do mesmo. Será o efeito do reflexo da tal ânsia de poder a que a mesma se refere.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-87299013375558585092008-11-07T18:02:00.013+01:002009-05-03T10:37:46.718+02:00Vermelho com laranja<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYB-XSCaWrQgQaqkq51FJUmi6mJFCNmNbLwNb-HwrIM4tP0DwZLA4Z6r9XFd7JaYIuFP6qB5rphyphenhyphensrrm9vIofoEdx_0J7Lj8Fsh1oErKF9dA9cB4qyKC3LahPmci79OvgTq6leua9gALg/s1600-h/Grafico_CCP.jpg"><img style="WIDTH: 255px; HEIGHT: 286px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5265965375125664914" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYB-XSCaWrQgQaqkq51FJUmi6mJFCNmNbLwNb-HwrIM4tP0DwZLA4Z6r9XFd7JaYIuFP6qB5rphyphenhyphensrrm9vIofoEdx_0J7Lj8Fsh1oErKF9dA9cB4qyKC3LahPmci79OvgTq6leua9gALg/s320/Grafico_CCP.jpg" /></a><br />O assalto ao poder (Conselho Permanente) do CCP por parte dos conselheiros afectos essencialmente a dois Partidos (PCP e PSD) está bem demonstrado na representação gráfica que se apresenta.<br />A partidarização do órgão executivo do Conselho das Comunidades Portuguesas, levada a cabo por esses dois Partidos, no mandato anterior, repete-se agora com uma tónica mais acentuada.<br />Dos onze conselheiros que fazem parte do Conselho Permanente do CCP, cinco são afectos ao Partido Comunista, outros cinco são afectos ao Partido Social Democrata e o restante é afecto ao Partido Socialista, sendo este último uma cartada de Paulo Pisco (o auto denominado Director do Departamento de Comunidades do PS) que fez valer à Santa Aliança PSD/PCP a sua eventual influência junto da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas para impor o referido elemento, que muito jeito lhe dará para levar e trazer informação.<br />São portanto estas as cores do novo fato do Conselho Permanente do CCP, que foi cosido com linhas de duvidosa qualidade por alfaiates partidários e que não tardará a rebentar pelas costuras.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-46225990481041739012008-11-07T13:01:00.004+01:002008-11-07T16:17:46.563+01:00A influência dos "aparatchiks"Para lá dos responsáveis identificados em <em>posts</em> anteriores, o momento difícil que está a viver o Conselho das Comunidades (CCP) também é devido a uma actuação laxista da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas (SECP), nomeadamente na falta de transparência na designação dos conselheiros nomeados pelo governo e no que se refere ao processo de substituição de mandatos.<br />A obrigatoriedade legal de publicitar no sítio <em>web</em> do MNE a lista completa dos membros do CCP (incluindo os nomeados pelo governo e as substituições legais) não terá sido cumprida pela SECP, o que levou a que participassem no plenário do Conselho pessoas que não estavam legalmente constituídas como membros do CCP, como foi o caso do próprio presidente, Fernando Gomes, cujo processo de substituição da número dois da sua lista por Macau não obedeceu aos normativos legais. O mesmo não consta na lista de membros do CCP publicitada no sítio <em>web</em> do MNE, razão que, por si só, era impeditiva da sua participação na reunião plenária.<br />Mas aqui o laxismo da SECP estendeu-se à Mesa do Plenário, que não teve o cuidado, como lhe competia, em verificar a identidade e a legitimidade dos participantes na reunião.<br />De realçar, igualmente, os muitos <em>aparatchiks</em> governamentais e partidários que se pavonearam livremente no plenário do CCP, definindo estratégias e exercendo pressões e influências sobre grupos de conselheiros com vista à obtenção de preponderância partidária no Conselho Permanente.<br />O plenário do CCP nunca chegou a ser palco de debate de ideias, tendo-se transformado num campo de batalha partidária com grave ingerência externa à mistura.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-53547513285066995632008-11-06T16:12:00.001+01:002008-11-06T16:14:04.448+01:00A ânsia do poderA fraude que constituiu a eleição do actual Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas é tão evidente que custa a acreditar que o presidente desse órgão indevidamente eleito não se tenha apercebido da aldrabice que continua a alimentar e que está a denegrir a imagem do CCP no seu todo.<br />Para avivar a memória de Fernando Gomes, de Macau e dos restantes elementos do Conselho Permanente eleitos por lista directa (António Fonseca, de França, Alcides Martins, Brasil, Clementina Santos, Canadá e Teresa Heimans, Holanda), relembro o que diz a Lei do CCP apenas sobre a constituição do Conselho Permanente, já para não sublinhar todas as outras ofensas à Lei cometidas no plenário que se realizou em Lisboa:<br /><em><strong>Artigo 37º<br />1- O Conselho Permanente é constituído por:<br />a) Cinco membros eleitos pelo plenário, de entre os referidos na alínea a) do n.1 do artigo 3º, dos quais, pelo menos, um terço deve ser de sexo diferente;<br /></strong>b) Os presidentes das comissões de carácter permanente que tenham sido constituídas.<br /><strong>Artigo 3º<br />1- O Conselho é composto por 73 membros, entre os quais:<br />a) 63 membros eleitos;<br />b).....<br /></strong></em><br />Como é possível que alguém como Fernando Gomes, que tem obrigação de ter o mínimo de formação (o mesmo é médico), não seja capaz de interpretar dois articulados de Lei e continue a levar por diante esta patranha eleitoral, empurrando cada vez mais o CCP para uma situação de descrédito absoluto, em vez de assumir humildemente o erro e permitir que o Conselho das Comunidades possa seguir outro rumo o mais rapidamente possível, evitando assim maiores danos colaterais?!<br />Não acredito que o mesmo Fernando Gomes não tenha ainda percebido que a sua eleição e da sua lista não respeitou as regras eleitorais, pelo que sou levado a pensar de imediato, que por detrás do mesmo está uma ânsia desmesurada de Poder, que não augura nada de bom nem para ele próprio e muito menos para as Comunidades Portuguesas.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-90724176451824864292008-11-05T15:57:00.001+01:002008-11-05T16:00:59.478+01:00Anedotário do CCPIrremediavelmente, o novo presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas, Fernando Gomes, cada vez que abre a boca, enriquece cada vez mais o anedotário do CCP. Entrevistado pelo jornal «O Mundo Português» e depois de confrontado com a questão do processo de impugnação da eleição do Conselho Permanente, o douto presidente do CCP já não consegue colocar a bota a bater com a perdigota, quando afirma que <strong>«<em>Pessoalmente acho que todo o processo foi transparente e cristalino mas acho que agora quem de direito que faça a sua avaliação e tire as suas conclusões. Da minha parte estou de consciência tranquila apesar de não ter lido o documento de impugnação. Mas a lei é clara e foi lida e interpretada por vários juristas, uma pessoa nomeada depois de tomar posse é conselheiro e portanto pode votar e tem todos os direitos inerentes ao estatuto de ser conselheiro e ponto final. Onde está a dúvida? Na minha opinião não há dúvida nenhuma, tanto mais que quando se trata de delimitar os direitos dos nomeados a lei também é clara quando restringe a possibilidade de estes conselheiros serem eleitos para o conselho permanente, não há assim razão nenhuma para que se duvide da clareza da lei em todos os aspectos</em>».</strong><br />Ora, como é que Fernando Gomes pode continuar a teimar que o processo foi transparente e cristalino, e depois reconhece que os conselheiros nomeados pelo Governo não podem ser eleitos para o Conselho Permanente?!<br />Um dos elementos chave do processo de impugnação, reside precisamente no facto da lista B, que ganhou a eleição, integrar uma conselheira designada pelo governo (Teresa Heimans – Holanda), o que é manifestamente violador do estipulado na Lei, não havendo por isso razão nenhuma para que se duvide da clareza da mesma e da justeza da impugnação do processo eleitoral. «Veritas evidens non est probanda».Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-55860003242082928922008-11-02T23:30:00.003+01:002008-11-03T18:52:56.889+01:00Os vícios do CCPDesde o anterior mandato até ao que agora se iniciou, o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) tem sido vítima de uma manipulação partidária sem precedentes, que tem arrastado o órgão de consulta do Governo para as questões da emigração para um lamaçal imundo, que em nada serve as comunidades portuguesas que deveria representar.<br />Aquilo que se passou no último plenário do CCP já era de esperar, porquanto o mesmo está refém de dois elementos de natureza intrínseca que deformam a sua estrutura e estrangulam o seu funcionamento, a saber: <strong>(i)</strong> a sua própria Lei orgânica; <strong>(ii)</strong> a manipulação permanente por parte de um grupo de conselheiros que se julgam donos do CCP.<br /><br /><strong>A Lei Orgânica do Conselho</strong><br />A nova lei orgânica do CCP, aprovada pela Lei 66-A/2007 com a conivência do anterior Conselho Permanente, veio introduzir alguns elementos perniciosos na estrutura orgânica do órgão, nomeadamente na imposição de conselheiros designados pelo governo, desvirtuando por completo a sua génese democrática e tornando-o mais permissivo a influências e jogos político/partidários de bastidores. Não será inocente o facto dos conselheiros designados, que estão disfarçadamente afastados do Conselho Permanente por via da eleição directa de cinco membros para este órgão, poderem controlar o mesmo através das diversas Comissões de carácter permanente (podem ser constituídas seis), cujos presidentes têm assento no Conselho Permanente.<br /><br /><strong>A manipulação partidária</strong><br />Desde a Santa Aliança PCP/PSD, congeminada por Carlos Pereira (França) e seus pares no anterior mandato, que o CCP tem vivido de golpadas atrás de golpadas, desviado do seu rumo legítimo para uma via de interesses partidários mesquinhos, que nada tem a ver com os reais interesses dos portugueses no estrangeiro.<br />Entrados naquilo que se desejaria ser um novo ciclo, as golpadas repetiram-se, agora em maior escala, sendo os protagonistas praticamente os mesmos. Se olharmos para a actual composição do Conselho Permanente, destaca-se de imediato a excessiva presença de membros afectos ao Partido Comunista, com alguns repetentes do Conselho Permanente anterior, numa demonstração de força dos “quadrilheiros” que há muito tomaram de assalto o CCP, procurando a visibilidade política que as eleições legislativas sempre lhes negaram.<br />Esta propensão irresistível por parte de um grupo de conselheiros em controlar o CCP, apenas tem servido e continuará a servir para tornar o Conselho das Comunidades Portuguesas num órgão cada vez mais inapto ao cumprimento das tarefas que lhe estão cometidas.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-85923148495874800422008-10-31T12:25:00.009+01:002008-11-03T18:53:44.219+01:00ImoralidadeHá pouco tempo a esta parte, alguns Órgãos de Comunicação Social portugueses difundiram, com destaque de primeira página, nomes de Deputados ou ex-Deputados que estariam envolvidos no caso denominado “viagens-fantasma”, um esquema montado com Agências de Viagem, através do qual os parlamentares em causa procediam ao desdobramento de bilhetes ou recorriam a facturas de viagens fictícias, para extorquir fundos à Assembleia da República (AR).<br />O comportamento desses Deputados foi inaceitável, como foi muito grave o facto de a AR só tardiamente ter detectado a situação, permitindo que tivessem decorrido os respectivos prazos de prescrição. Com efeito, o Procurador mandou arquivar o processo, apesar de a burla ascender a 2,5 milhões de euros, confirmando que sempre é verdade que há cidadãos mais iguais do que outros.<br />Da lista dos Deputados visados pelo inquérito da Procuradoria, constava o nome de José Lello, Deputado do PS e ex-secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que chegou a ser ouvido pelo Procurador Verdelho, depois da denúncia feita por uma funcionária da «Agência de Viagens Nascimento», que se transferiu depois para a «Agência de Viagens Abreu» e terá reconhecido a prática da burla.<br />Agora, para cúmulo da imoralidade, venho a saber que o mesmo José Lello ocupa actualmente o cargo de Director Financeiro do Partido Socialista e Presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República, sendo este último órgão responsável pela gestão dos fundos da AR e precisamente aquele que José Lello terá defraudado. Parece-me a mesma coisa que pôr a raposa a guardar o galinheiro.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-32514414338280518902008-10-29T22:34:00.003+01:002008-10-29T22:39:11.520+01:00Nim, Nim, NimMal foi empossado do cargo de presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), o médico de Macau, Fernando Gomes, em entrevista ao jornal «Hoje Macau» apressou-se a atacar o Governo português, alegando estar farto dos “NINS” do Estado.<br />Mas as eventuais “sombras chinesas” que estarão por detrás da sua eleição, parecem ter simpatizado com o som produzido pelos “NINS” e estão já a exercer uma forte influência na sua dialéctica presidencial. É que o senhor presidente do CCP, quando confrontado com o processo de impugnação à sua eleição que corre termos nos tribunais, apenas consegue proferir esses sons que parecem fazer já parte da língua chinesa, e nós ficamos todos sem saber se ele está a falar português ou chinês.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-13728424019995801572008-10-28T13:34:00.001+01:002008-10-28T15:43:28.068+01:00Que Presidente, este!A indignidade eleitoral em que se transformou a reunião plenária do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), deveria envergonhar quem nela participou e, também, quem se calou perante tantos atropelos à lei e particularmente à ética que deve pautar a postura dos membros do CCP.<br />O presidente do CCP deveria ser um exemplo do respeito da legalidade e dessa ética que se exige.<br />Pelos vistos, há quem não pense assim...<br />Apesar das inúmeras irregularidades que envolveram a eleição do actual Conselho Permanente e que levaram à sua escolha para presidente daquele órgão, o novato presidente do CCP, Fernando Gomes, em entrevista ao jornal «Hoje Macau» disse que “Nem sequer reparei que houveram ilegalidades. (…) Eu não sei o que se passou». Mas o despropósito do presidente não se ficou por aqui, afirmando ainda que não leu nem teve acesso à impugnação, aliás, “nem quis saber”.<br />O melhor é começar a inteirar-se dos contornos que estiveram na base da sua eleição e do seu Conselho Permanente. É que este já é somente provisório e dificilmente chegará a definitivo.<br />Com afirmações bacocas como estas, como é que o novo presidente do CCP se quer apresentar como alguém com um mínimo de credibilidade?!Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-62694816927593809022008-10-27T22:14:00.001+01:002008-10-27T22:15:53.329+01:00Golpada (im)perfeita com "chinesices" à misturaA reunião plenária do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, nos dias 15 a 17 de Outubro, foi palco da maior “bagunçada” de que há memória no funcionamento do órgão consultivo dos emigrantes.<br />A ânsia desmesurada de uns habituais abutres em controlarem o Conselho Permanente do referido órgão, levou-os à cegueira absoluta e a cometerem sucessivos atropelos à lei que culminaram numa golpada (im)perfeita com “chinesices” à mistura, que deixa agora o CCP entulhado num lamaçal fétido cujo aroma se irá fazer sentir por esse mundo fora, pelo menos até o Tribunal Administrativo de Lisboa decidir sobre o pedido de impugnação que recai sobre o mesmo.<br />Foram inúmeros os atropelos cometidos e que estão por detrás de uma eleição viciada do Conselho Permanente e da escolha dos presidentes das comissões. Desde a não aprovação de um Regulamento do Conselho, que expressamente regulasse o acto eleitoral, passando pela constituição ilegal de listas, até à participação no acto eleitoral de elementos estranhos ao processo, tudo valeu para consagrar a vitória da lista B e levar o médico de Macau, Fernando Gomes, à presidência de um Conselho Permanente onde imperam os figurões do costume: um punhado de conselheiros que se tornaram em verdadeiros caudilhos que fazem do seu arbítrio o princípio e o fim do seu mandato.<br />Tudo isso só serve para desprestigiar ainda mais o Conselho das Comunidades Portuguesas, arrastando no descrédito mesmo os poucos conselheiros que mantêm níveis de qualidade aceitáveis.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-1511917647082727872008-10-27T16:02:00.003+01:002008-10-27T17:36:02.693+01:00Doutorecas e doutorzecosHá anos que tenho uma relação muito estreita com a Comunidade Portuguesa e acompanho a actividade da banca portuguesa na Suíça.<br />Conheço alguns directores de escritórios de representação bancária competentes, com sentido deste valor maior que consiste em sermos uma Comunidade honrada e trabalhadora, que merece a maior consideração por parte dos responsáveis e com uma importância que ainda ninguém avaliou.<br />De outros nem me lembro o nome – ou procuro esquecê-lo como qualquer coisa que não merece ocupar memória.<br />Choca-me pois, há muitos anos, a incompetência e a falta de respeito de certas pessoas que ocupam posições importantes em instituições com responsabilidade, como é o caso dos bancos portugueses... ou melhor dos escritórios de representação bancária, pois é disso que se trata.<br />E talvez seja por isso mesmo, por se tratar de simples escritórios de representação é que os conselhos de administração dos grandes bancos portugueses, numa atitude negligente, nos impingem de vez em quando umas “doutorecas” e uns “doutorzecos”, armados em gente importante, mas que exibem uma total incapacidade para o uso de faculdades intelectivas básicas ou para dirigir o que quer que seja, procurando impor-se com a arrogância de uma praga que ameaça destruir o que de distintivo a Universidade havia laboriosamente erigido desde a Idade Média, a saber, a superiorização pelo duro labor do estudo, e a humildade cultural e intelectual. Abandonaram as universidades como entraram: vazios.<br />Em vez de apostarem em gente da Comunidade, com competência demonstrada e experiência adquirida ao longo de anos, alguns bancos portugueses preferem essas figuras cinzentas das “stôras” e “stôres” importados, como se o “doutorismo” fosse um argumento que, por si só, seja capaz de fazer crescer os resultados financeiros dessas instituições. O certo é que nenhum desses bancos arrisca divulgar os resultados financeiros alcançados pelos respectivos escritórios de representação na Suíça. Esse seria um bom exercício de transparência.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-27091961177721537382008-10-01T23:44:00.001+02:002008-10-01T23:47:09.422+02:00Genebra - PWC arrasa ensino especial<strong>Ensino especial<br />Auditoria da PriceWaterhouseCoopers arrasa por completo o sistema de ensino especial no cantão suíço de Genebra</strong><br /><br /><br />O relatório final da auditoria realizada aos serviços do ensino especializado do cantão de Genebra pela consultora PriceWaterhouseCoopers (PWC), com data de 23 de Setembro último, é profundamente demolidor e preconiza uma reforma drástica de todo o sistema.<br /><br />A auditoria da PWC mete a nú um sistema de gestão e funcionamento artesanal e de outro tempo. Dentre as inúmeras falhas apontadas, a PWC refere que: a indicação dos alunos susceptíveis de serem colocados no ensino especial não é acompanhada de uma avaliação médica ou psicológica; as decisões são mal documentadas; os dossiers não estão informatizados nem centralizados; as previsões estatísticas são inexistentes; o papel dos serviços envolvidos está mal definido; o ensino especializado depende de duas direcções de serviços diferentes cujos interesses e objectivos raramente convergem; os critérios de colocação dos alunos no ensino especial não são conhecidos de todo.<br /><br />O ministro da educação de Genebra, Charles Beer, já reagiu publicamente informando que o Departamento de Instrução Pública (DIP) vai acolher todas as recomendações feitas pela PWC, garantindo que ainda este ano, todo o processo de entrada e saída do ensino especial será alterado. Segundo Charles Beer, todos os alunos -- deficientes ou com dificuldades de escolarização -- serão inscritos no ensino regular. A integração passa assim a ser a palavra de ordem e o envio sistemático de alunos para o ensino especializado será erradicado.<br /><br /><strong>PWC confirma o que já venho denunciando há anos<br /></strong><br />Um dos principais problemas dos portugueses na Suíça tem a ver com o excessivo número de crianças e jovens que frequentam as designadas “Classes Especiais” ou “Classes Especializadas” do ensino helvético. Na sua larga maioria são crianças e jovens com capacidades normais que foram colocadas indevidamente nessas classes do ensino especial suíço, donde dificilmente conseguem sair para integrar o ensino regular ou para fazer uma formação profissional.<br /><br />Há longos anos que tenho vindo a denunciar a existência desta situação anómala, atentatória dos direitos das nossas crianças. Recordo que em Junho de 2001, eu e outros portugueses entregamos uma petição (apoiada por 1500 assinaturas) no parlamento de Genebra –- tendo posteriormente sido ouvidos pela Comissão de Educação – solicitando que se pusesse fim às práticas abusivas do DIP e se acabasse com o envio indiscriminado de alunos para o ensino especial.<br /><br />A referida petição acabou por ser chumbada pelo parlamento, com base num relatório escabroso da Comissão de Educação, que branqueou por completo os “disfuncionamentos” dos serviços do ensino especializado.<br /><br />Ironia do destino, o relator do referido relatório chamava-se Charles Beers, à época deputado e que agora desempenha as altas funções de ministro da educação do cantão de Genebra.<br /><br />Como diz o ditado “só os burros é que não mudam” e “mais vale tarde do que nunca”.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-70493567448646822852008-06-03T12:18:00.000+02:002008-06-03T12:19:35.191+02:00Um CCP de sarjeta...Só pode ser levada a conta de "boutade" diplomática a surpreendente lista de nomes proposta pelo embaixador de Portugal na Suíça, Eurico Paes, para integrarem o Conselho das Comunidades Portugesas (CCP) por nomeação do governo.<br />Como se sabe, a nova lei orgânica do CCP prevê a eleição (já realizada no dia 20 de Abril) de 63 conselheiros e a nomeação de outros 10 pelo governo. Solicitado pela Secretaria de Estado das Comunidades a indicar os nomes de "figurantes" na Suíça para a referida nomeação, o nosso embaixador cometeu alguns pecados capitais nas suas escolhas: (i) Parece bem pouco democrático, além de defraudador do voto dos eleitores, convidar para uma eventual nomeação uma candidata derrotada nas urnas pelos emigrantes, no passado dia 20 de Abril, mais parecendo procurar agradar a «uma proposta oficial, vinda de cima» do que a critérios de representatividade e competência; (ii) Não faz nenhum sentido procurar envolver novamente no CCP dois ex-conselheiros que legitimamente decidiram não canditar-se à última eleição para este órgão, certamente por considerarem o mesmo pouco democrático e credível; (iii) Dá sinais de proteccionismo serôdio e algum amiguismo partidário em relação a uma conselheira municipal portuguesa de Lausanne - cujo grau de competência e credibilidade têm sido postos em causa nos últimos tempos pelos seus próprios pares políticos.<br />Conclusão: à indiferença manifestada pelos emigrantes, expressa na participação quase nula dos mesmos no acto eleitoral e das rocambolescas peripécias em que o mesmo esteve envolvido em alguns círculos eleitorais, com manifesto desrespeito pela lei que acabaram em queixas, reclamações e pedidos de impugnação, levando a que os resultados ainda não tenham sido validados oficialmente, junta-se agora estas nomeações de trampa, para aumentar ainda mais o pivete a que tresanda este CCP de sarjeta em estado de pura putrefacção.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-14858797744395786542008-04-18T08:30:00.002+02:002008-04-18T10:35:51.791+02:00Sinais de inquietaçãoA Suíça já não é o que era! Esta frase, repetida por muita gente, ouvimo-la quase todos os dias. Desde a empregada de limpeza até ao profissional liberal. Na origem da mesma, não estarão certamente os mesmos factores, mas a conclusão é igual para todos.<br />Uns referem-se à falta de limpeza dos espaços públicos. Outros queixam-se da falta de segurança ou das filas de espera nas repartições públicas e nos hospitais. Outros ainda, reclamam que a vida está demasiado cara e que os salários já não conseguem acompanhar os preços dos bens de consumo. Mas a situação mais preocupante, será certamente aquela que vive actualmente o maior banco suíço - a UBS.<br />A UBS é uma referência da Suíça, não só internamente mas também no exterior e as graves dificuldades que o banco atravessa estão a deitar por terra a imagem de uma Suíça rigorosa e competente. Pior ainda, estão a perturbar todos os sectores da sociedade helvética, criando nos cidadãos suíços um sentimento perigoso de incapacidade e insegurança, que pode ter repercussões bem mais nefastas do que aquelas causadas pela falência da companhia nacional de aviação - SWISSAIR - que ainda está bem presente nos espírito de todos.<br />A Suíça ainda continua a ser um país moderno, seguro, com um sistema de saúde e de educação de grande qualidade, assente numa economia estável e com uma população envelhecida, o que gera excelentes oportunidades para as novas gerações.<br />Mas a degradação de alguns sectores da sociedade helvética, somada a alguns casos escandalosos que têm abalado o país nos últimos tempos, são sinais de grande inquietação.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-85337133819733136362007-11-13T17:05:00.000+01:002008-01-28T13:53:56.405+01:00Oportunismo deslavadoReproduzo cópia do “mail” que me foi dirigido ontem (12.11.2007) pelo Embaixador de Portugal na Suíça, Dr. Eurico Paes, que revela um oportunismo deslavado, bem como a adequada resposta que dei ao mesmo.<br /><br />-------------------------------------------------------------------<br /><br />Senhor Manuel de Melo<br /><br />Ainda bem que reagiu à minha carta onde me indignava com a forma como o meu amigo se referia ao desinteresse da Embaixada e meu em particular no que toca ao magno problema da escolaridade especial dos jovens portugueses na Suíça.<br />Agradeço-lhe as suas sugestões quanto à forma como acha que eu deveria ter actuado neste caso, mas, como quem é o Embaixador aqui sou eu, pauto os meus actos sempre da forma que julgo mais adequada e não segundo as sugestões mais ou menos histérico-mediáticas que alguns amigos me sugerem, ou gostariam que eu actuasse. A propósito, digo-lhe ainda que, se as autoridades suíças se retrataram pela forma menos feliz como, em documento privado e confidencial, se referiram à nossa Comunidade, foi graças à minha acção, discreta e eficaz, com que sempre tenho pautado as minhas atitudes.<br />Sempre ao seu dispôr.<br /><br />Eurico Paes<br />Embaixador de Portugal na Suíça<br /><br />---------------------------------------------------------------------------<br /><br />Senhor Embaixador Eurico Paes<br /><br />Por favor, não ofenda mais a minha inteligência e deixe-se desses tiques de arrogância e autoritarismo. Essas não são certamente as características que definem um bom diplomata.<br />Se as autoridades suíças se retrataram, foi graças à intervenção “histérico-mediática” de várias centenas de portugueses que assumiram a defesa da honra e dignidade de toda uma comunidade, enquanto o seu embaixador enfiava a cabeça na areia, como a avestruz.<br />Mas também aqui existe uma diferença de nobreza de carácter entre as autoridades suíças, que tiveram a humildade de se retratar, pedindo desculpas à comunidade portuguesa, e o embaixador de Portugal que continua na sua toada altiva e pesporrente, dando fortes sinais de ablepsia.<br />Já vi que o senhor Embaixador não aceita as sugestões de alguns amigos, mas não resisto a aconselhar-lhe a leitura do romance «Ensaio sobre a cegueira», do nosso José Saramago. Como disse o autor na apresentação pública da sua obra, «<em>através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso</em>». Esse é certamente um bom princípio, que muito o ajudará na sua nobre e honrosa missão de diplomata.<br />Sei que a culpa não é do embaixador de Portugal, é de um Estado para quem a representação da defesa dos interesses dos seus nacionais tem muito pouca importância.<br />Sempre ao seu dispor.<br /><br />Manuel de Melo<br />Conselheiro da Comunidade PortuguesaUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2873255876852622319.post-16331545067257778902007-11-02T16:10:00.000+01:002007-11-02T16:12:20.312+01:00Suíços pedem desculpa à comunidade portuguesa<a name="OLE_LINK1"></a><a name="OLE_LINK2"></a><a name="OLE_LINK3"></a><a name="OLE_LINK4">NOTA INFORMATIVA</a><br /><br />Em resposta ao abaixo-assinado subscrito por dezenas de portugueses, e através de uma nota que reproduzimos a seguir, assinada pelo seu Secretário-Geral, Hans Ambühl, a Conferência suíça dos Directores cantonais de Instrução Pública (CDIP) apresenta formalmente desculpas à comunidade portuguesa e compromete-se a prosseguir activamente a cooperação construtiva com as autoridades portuguesas, nomeadamente com a embaixada de Portugal em Berna, no que respeita à escolarização das crianças portuguesas.<br /><br />Por agora, e porque o que está em causa são os legítimos direitos e interesses das crianças portuguesas, aceitamos as desculpas da CDIP, sem contudo deixarmos de considerar que as suas alegações estão escudadas em desculpas bacocas, especialmente no calino «documento interno» pois, mesmo a «nível interno» nada justifica o procedimento da CDIP.<br /><br />Mas se o procedimento da CDIP não é recomendável, a postura das autoridades portuguesas, nomeadamente do Embaixador de Portugal na Suíça, Eurico de Paes, não lhe fica atrás. O mínimo que se esperaria da parte do embaixador de Portugal em Berna – depois de toda a comunidade lusa ter sido vexada e enxovalhada pela CDIP – era que o mesmo manifestasse publicamente a sua solidariedade para com a comunidade lusa e solicitasse de imediato às autoridades helvéticas um pedido formal de desculpas. Pelo contrário, o embaixador preferiu atacar cobardemente os conselheiros que denunciaram a situação, dirigindo-lhes uma missiva acusando-os de mediatismo. Ora, o embaixador português não só não cumpriu o seu dever, como também votou toda a comunidade portuguesa a um desprezo absoluto.<br /><br />Esperando que tal não se repita no futuro, aconselhamos o embaixador de Portugal na Suíça a adoptar uma atitude mais responsável e a assumir a defesa dos verdadeiros interesses dos emigrantes portugueses. É para isso que servem os embaixadores.<br /><br />No que respeita ao problema concreto, que é o insucesso escolar dos alunos portugueses na Suíça e o elevado número de crianças lusas em “Classes Especiais”, continuamos a exigir às autoridade suíças e portuguesas, uma maior intervenção de ambas as partes na procura de soluções que conduzam a uma melhoria dos coeficientes de aproveitamento escolar das crianças portuguesas.<br /><br />Continuamos a aguardar que seja constituído o grupo de trabalho luso-suíço para acompanhar esta problemática, e que seja feito o levantamento rigoroso de todas as crianças portuguesas que frequentam o ensino espacial suíço e sejam fornecidas as cadernetas escolares das mesmas, tal como foi prometido há quase quatro meses pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, e pelo embaixador de Portugal em Berna.<br /><br />Por último, agradecemos a todos os nossos compatriotas que nos têm apoiado nesta luta em defesa das nossas crianças e jovens, e apelamos a todos para que se mantenham vigilantes, pois não podemos ficar à espera do poder político que, por vezes, é moroso e talvez desinteressado.<br /><br />Genebra/Sion, 2 de Novembro de 2007.<br /><br />MANUEL DE MELO e ANTÓNIO DIAS FERREIRA<br />Conselheiros da Comunidade Portuguesa<br /><br />-------------------------------------------------------------<br /><br /> Mesdames, Messieurs,<br /><br />La Présidente de la Conférence suisse des directeurs cantonaux de l'instruction publique (CDIP), Mme la Conseillère d'Etat Isabelle Chassot, a bien reçu votre message et nous a priés de bien vouloir vous apporter les éléments de réponse nécessaires.<br /><br />Nous comprenons pleinement l'émotion et les sentiments que vous avez pu ressentir à la lecture du communiqué de presse publié par MM. Manuel de Melo et Antonio Dias Ferreira. Nous partageons d'autant plus cette émotion que les propos relatés dans ce communiqué ne correspondent en rien à une prise de position de la CDIP et encore moins à une déclaration de la Présidente de notre Conférence.<br /><br />Pour votre information, les propos relatés dans le communiqué de presse en question proviennent de la diffusion non autorisée d'un document interne du Secrétariat général de la CDIP reflétant non pas l'évaluation de notre Conférence, mais seulement l'appréciation personnelle de l'un de nos collaborateurs. Néanmoins, nous tenons à vous présenter toutes nos excuses pour les propos non différenciés et sans nuance, contenus dans ce document, au sujet des facteurs explicatifs de l'échec scolaire de certains enfants portugais en Suisse.<br /><br />La CDIP tient enfin à vous assurer qu'elle poursuivra activement la coopération constructive établie avec les autorités portugaises, en particulier avec l'ambassade de ce pays à Berne, en ce qui concerne la scolarisation des enfants portugais en Suisse.<br /><br />En vous réitérant nos regrets pour ces propos qui ont pu vous blesser et en restant à votre disposition pour tout renseignement complémentaire, nous vous adressons, Mesdames, Messieurs, nos meilleures salutations.<br /><br /><br />Conférence suisse des directeurs<br />cantonaux de l'instruction publique<br /><br />Hans Ambühl<br />Secrétaire général<br /><br />-------------------------------------------------------------------------<br />Les soussigné-e-s ont été choqué-e-s par la façon dont les documents de la Conférence suisse des directeurs cantonaux de l'instruction publique (CDIP) ci-joints ont été rédigés. Ces textes sont injurieux et inexacts.C'est un vrai manque de respect envers une communauté qui est attachée à la Suisse, qui s'y est bien intégrée et qui se préoccupe de l'avenir de ses enfants. Ce sont en effet les membres de la communauté portugaise qui ont été à plusieurs reprises à l'origine d'une demande de concertation entre les autorités portugaises et les autorités suisses sur la situation de leurs enfants dans le système scolaire suisse!Les représentants de la communauté portugaise en Suisse ne partagent pas les définitions des causes des problèmes de scolarité des jeunes portugais telles que décrites dans les documents de la CDIP. De même, ils s'étonnent du manque de propositions concrètes pour résoudre le problème des élèves.<br />Enfin, la communauté portugaise, très fière des nombreux travailleurs portugais qui ont beaucoup contribué au développement économique et social de la Suisse, informe les responsables de la CDIP que leur communauté compte aujourd'hui de nombreux professeurs universitaires, cadres supérieurs, entrepreneurs, médecins, syndicalistes, politiciens, etc. Elle souhaite recevoir des excuses de la part de la CDIP et voir des mesures concrètes pour résoudre les problèmes de ses jeunes se mettre en place.<br /><br /><strong><em>Signataires</em></strong>Unknownnoreply@blogger.com