Um tiro na muche

Algo vai profundamente errado no Secretariado Nacional do PS, no que respeita à coordenação da organização das estruturas socialistas no estrangeiro. Disso dei conta no meu post intitulado «“Gangsters” no Largo do Rato». Agora é a vez de Gracinda Maranhão - que preside à Mesa da Federação Socialista de França - colocar os pontos nos is, em entrevista ao LusoJornal e que mostra o despautério que grassa na direcção nacional do Partido Socialista.

Gracinda Maranhão disse ao Luso-Jornal que «é muito fácil para o camarada Paulo Pisco vir a França dizer que constata que a Federação não funciona, quando é ele e as estruturas nacionais do Partido que estão a bloquear o seu funcionamento. Por isso, nós dissemos a Paulo Pisco que a Federação existe e não é o Largo do Rato que vai impedir o seu funcionamento».
Os socialistas garantem pois que vão convocar um Congresso. «Pedimos ao Paulo Pisco que nos envie as listas dos membros para convocar o Congresso e que disponibilize os meios necessários para a sua realização (...)».
Interrogada sobre o facto da Direcção do Partido estar a alterar os estatutos e pensar eliminar as federações no estrangeiro, Gracinda Maranhão afirma que «se há uma reflexão, nós queremos estar nessa reflexão, mas não mandatamos o camarada Paulo Pisco para estar nessa reflexão em nosso nome».
Advogada de profissão, Gracinda Maranhão afirma mesmo que «compreendo que esta situação até agradaria a alguns carreiristas que preferiam que não houvesse federação em França, mas nós achamos que seria uma atitude inoportuna, interesseira e que não favorece a militância».

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