Governo atribui prioridade às "Classes Especiais" na Suíça

O combate à presença excessiva de alunos portugueses no ensino especial suíço vai constituir prioridade da acção do governo. A garantia foi dada pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, durante uma reunião com os conselheiros da comunidade portuguesa, que teve lugar em Berna e que contou igualmente com a presença do embaixador de Portugal na confederação helvética, do Director Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades, do cônsul em Genebra e dos conselheiros sociais e do ensino naquele país.
António Braga afirmou que o governo «não se conforma com esta situação» - referindo-se aos cerca de 2500 alunos portugueses que frequentam o ensino especial suíço - e que esta vai ser a «prioridade número um» da acção da governo junto da comunidade portuguesa na Suíça.
Fazendo um balanço dos encontros que manteve com responsáveis escolares suíços, nomeadamente com a presidente da Confederação Suíça dos Directores de Instrução Pública (CDIP), António Braga deu a conhecer que as autoridades suíças «partilham esta inquietação» do governo português e que se mostraram «bastante receptivas e dispostas a colaborar» com as autoridades portuguesas na disponibilização de informação e na procura de soluções que visem inverter a actual situação.
Para lá da constituição de um grupo de acompanhamento que será formado por responsáveis portugueses e suíços, cujos objectivos e respectivo quadro de acção ainda não ficaram definidos, António Braga esclareceu que a acção do governo português envolverá os agentes diplomáticos e consulares portugueses na Suíça, e que a mesma incidirá em duas componentes: a primeira será uma fase «explicativa», em que se irá identificar as razões pelas quais as crianças e jovens portugueses foram colocados no ensino especial, tendo para o efeito solicitado às autoridades suíças as fichas escolares de todos estes alunos; a segunda componente será «operacional», em que serão criadas as condições operativas para combater a situação.
António Braga comprometeu-se também a informar com regularidade os conselheiros da comunidade sobre a evolução do processo, e alertou para a responsabilidade de todos os parceiros educativos, nomeadamente os pais dos alunos, que têm o direito de opor-se à colocação dos filhos no ensino especial.
Finalmente um dos maiores problemas da comunidade portuguesa na Suíça passou a integrar a agenda da acção político/diplomática portuguesa na confederação helvética.

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