A ânsia do poder

A fraude que constituiu a eleição do actual Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas é tão evidente que custa a acreditar que o presidente desse órgão indevidamente eleito não se tenha apercebido da aldrabice que continua a alimentar e que está a denegrir a imagem do CCP no seu todo.
Para avivar a memória de Fernando Gomes, de Macau e dos restantes elementos do Conselho Permanente eleitos por lista directa (António Fonseca, de França, Alcides Martins, Brasil, Clementina Santos, Canadá e Teresa Heimans, Holanda), relembro o que diz a Lei do CCP apenas sobre a constituição do Conselho Permanente, já para não sublinhar todas as outras ofensas à Lei cometidas no plenário que se realizou em Lisboa:
Artigo 37º
1- O Conselho Permanente é constituído por:
a) Cinco membros eleitos pelo plenário, de entre os referidos na alínea a) do n.1 do artigo 3º, dos quais, pelo menos, um terço deve ser de sexo diferente;
b) Os presidentes das comissões de carácter permanente que tenham sido constituídas.
Artigo 3º
1- O Conselho é composto por 73 membros, entre os quais:
a) 63 membros eleitos;
b).....

Como é possível que alguém como Fernando Gomes, que tem obrigação de ter o mínimo de formação (o mesmo é médico), não seja capaz de interpretar dois articulados de Lei e continue a levar por diante esta patranha eleitoral, empurrando cada vez mais o CCP para uma situação de descrédito absoluto, em vez de assumir humildemente o erro e permitir que o Conselho das Comunidades possa seguir outro rumo o mais rapidamente possível, evitando assim maiores danos colaterais?!
Não acredito que o mesmo Fernando Gomes não tenha ainda percebido que a sua eleição e da sua lista não respeitou as regras eleitorais, pelo que sou levado a pensar de imediato, que por detrás do mesmo está uma ânsia desmesurada de Poder, que não augura nada de bom nem para ele próprio e muito menos para as Comunidades Portuguesas.

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