Reestruturação consular (2): mudança organizacional e de métodos

A aposta do governo em introduzir ponderações de carácter organizacional nos postos consulares portugueses com vista à prestação de um serviço mais adequado à realidade actual, «mesmo se houver que alterar radicalmente a organização interna e os métodos de trabalho utilizados naquelas estruturas para chegar à obtenção dos resultados desejados», como é afirmado na respectiva proposta de reestruturação consular, parece ser o elemento de maior importância da reforma consular anunciada.
É por demais sabido que o sucesso da reforma consular terá que passar necessariamente por uma acção de mudança organizacional profunda e de métodos de trabalho dos postos consulares, em que o foco dinâmico dessa mudança assente numa Imagem Criadora de Futuro, visível e actuante, que se apresente como alternativa viável e desejável para o futuro que se vai iniciar, exactamente, com essa mudança. E aqui cabe realçar outra aposta importante do plano de reestruturação consular do governo: reformular as estruturas consulares principalmente em resultado dos novos processos informáticos e tecnológicos, cujas funcionalidades permitirão, certamente, obter ganhos de rentabilidade e de qualidade significativas. A solução complementar proposta de atendimento via Web, com a criação do “Consulado Virtual”, onde cada português residente no estrangeiro tenha acesso ao consulado para obter o documento ou serviço que deseja, será um instrumento da maior utilidade que vai alterar por completo o relacionamento dos emigrantes com a administração consular portuguesa.
Por outro lado, ao procurar envolver as associações portuguesas na nova dinâmica consular, conferindo às mesmas instrumentos de apoio aos emigrantes portugueses, através da disponibilização de quiosques multimédia que permitirão o acesso ao futuro “Consulado Virtual”, onde será possível praticar determinados actos e ter acesso a serviços actualmente apenas disponíveis nos consulados, o governo reforça o importante papel do movimento associativo no desenvolvimento das comunidades portuguesas.

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